Loney
Original: The Loney
Autor: Andrew Michael Hurley
Tradução: Renato Marques de Oliveira
Editora: Intrínseca
Páginas:301
Quando os restos mortais de uma
criança são descobertos durante uma tempestade de inverno numa extensão da
sombria costa da Inglaterra conhecida como Loney, Smith é obrigado a confrontar
acontecimentos terríveis e misteriosos ocorridos quarenta anos antes, quando
ainda era criança e visitou o lugar.
À época, a mãe de Smith arrastou a
família para aquela região numa peregrinação de Páscoa com o padre Bernard,
cujo antecessor, Wilfred, morrera havia pouco tempo. Cabia ao jovem sacerdote
liderar a comunidade até um antigo santuário, onde a obstinada sra. Smith crê
que irá encontrar a cura para o filho mais velho, um garoto mudo e com
problemas de aprendizagem.
O grupo se instala na Moorings,
uma casa fria e antiga, repleta de segredos. O clima é hostil, os moradores do
lugar, ameaçadores, e uma aura de mistério cerca os desconhecidos ocupantes de
Coldbarrow, uma faixa de terra pouco acessível, diariamente alagada na alta da
maré. A vida dos irmãos acaba se entrelaçando à dos excêntricos vizinhos com
intensidade e complexidade tão imperativas quanto a fé que os levou ao Loney, e
o que acontece a partir daí se torna um fardo que Smith carrega pelo resto da
vida, a verdade que ele vai sustentar a qualquer preço
A história se passa por volta dos anos 70 na costa da
Inglaterra em uma espécie de vilarejo chamado Loney , local de peregrinação
religiosa na época da páscoa, onde a família Smith composta por um casal e seus
dois filhos, Hanny, um garoto especial e seu irmão e protetor – conhecido na
história apenas como Smith ou Tonto - passam anualmente com seus amigos da paróquia
São Judas Tadeu e seu Sacerdote para comemorar e celebrar a Páscoa.
A mãe dos meninos é uma mulher extremamente religiosa e capaz
de levar sua religião ao limite na esperança de curar seu filho Hanny.
Eles se instalam sempre na mesma casa conhecida como Moorings,
uma residência que pertencia a um taxidermista cercada de mistério, assim como
Loney.
A história de Loney, nome dado ao local, é uma região sombria
e vigilante, com uma atmosfera nebulosa e inquietante, que apesar de ser
primavera a hostilidade do clima castiga seus moradores e visitantes. O mar,
cinzento e agitado com suas marés intermitentes e capazes de esconder e revelar
segredos, o vento constante e feroz junto com a chuva impiedosamente surra e
castiga o lugar.
Com pano de fundo religioso, a história vai revelando a
individualidade de cada personagem, desavenças, inveja, medos, e um padre
atuando como ponto de apoio entre eles, ou ao menos tentando.
Já os meninos, em meio a passeios e brincadeiras se deparam
com situações estranhas acontecendo em um ponto ermo nas proximidades, local
conhecido como Coldbarrow, que após a subida da maré se torna inacessível, ou
seja, lá estando, não se consegue sair até a baixa da maré. Neste local existe
uma casa sombria, há muito abandonada e que atualmente abriga um casal e uma
menina adolescente e grávida.
O que acontece em Coldbarrow com os meninos se tornará um
fardo a ser carregado por ambos para o resto de suas vidas.
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Impressão
de leitura:
Não posso dizer que este livro entrará na minha lista de
preferidos. Achei a narrativa arrastada, tudo bem quanto a colocar o tema
religião como pano de fundo, mas em certos momentos achei demasiado e até em
excesso o assunto.
Gostei da forma como o escritor descreve os locais envolvidos
na história, Loney, Moorings, Coldbarrow, para mim foi a melhor parte.
Porém, na minha opinião a trama se desenrola de forma
arrastada, o suspense é momentâneo e espaçado demais.
Em muitos momentos tive dificuldade, até em entender onde ele
queria chegar.
Caso você não goste desse tipo de leitura, assim como eu, não
recomendo.
Um abraço e boas leituras.