Livros gatos e literatura

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sábado, 30 de julho de 2016

Loney

Original: The Loney
Autor: Andrew Michael Hurley
Tradução: Renato Marques de Oliveira
Editora: Intrínseca
Páginas:301



Quando os restos mortais de uma criança são descobertos durante uma tempestade de inverno numa extensão da sombria costa da Inglaterra conhecida como Loney, Smith é obrigado a confrontar acontecimentos terríveis e misteriosos ocorridos quarenta anos antes, quando ainda era criança e visitou o lugar.
À época, a mãe de Smith arrastou a família para aquela região numa peregrinação de Páscoa com o padre Bernard, cujo antecessor, Wilfred, morrera havia pouco tempo. Cabia ao jovem sacerdote liderar a comunidade até um antigo santuário, onde a obstinada sra. Smith crê que irá encontrar a cura para o filho mais velho, um garoto mudo e com problemas de aprendizagem.
O grupo se instala na Moorings, uma casa fria e antiga, repleta de segredos. O clima é hostil, os moradores do lugar, ameaçadores, e uma aura de mistério cerca os desconhecidos ocupantes de Coldbarrow, uma faixa de terra pouco acessível, diariamente alagada na alta da maré. A vida dos irmãos acaba se entrelaçando à dos excêntricos vizinhos com intensidade e complexidade tão imperativas quanto a fé que os levou ao Loney, e o que acontece a partir daí se torna um fardo que Smith carrega pelo resto da vida, a verdade que ele vai sustentar a qualquer preço

A história se passa por volta dos anos 70 na costa da Inglaterra em uma espécie de vilarejo chamado Loney , local de peregrinação religiosa na época da páscoa, onde a família Smith composta por um casal e seus dois filhos, Hanny, um garoto especial e seu irmão e protetor – conhecido na história apenas como Smith ou Tonto -  passam anualmente com seus amigos da paróquia São Judas Tadeu e seu Sacerdote para comemorar e celebrar a Páscoa.

A mãe dos meninos é uma mulher extremamente religiosa e capaz de levar sua religião ao limite na esperança de curar seu filho Hanny.

Eles se instalam sempre na mesma casa conhecida como Moorings, uma residência que pertencia a um taxidermista cercada de mistério, assim como Loney.

A história de Loney, nome dado ao local, é uma região sombria e vigilante, com uma atmosfera nebulosa e inquietante, que apesar de ser primavera a hostilidade do clima castiga seus moradores e visitantes. O mar, cinzento e agitado com suas marés intermitentes e capazes de esconder e revelar segredos, o vento constante e feroz junto com a chuva impiedosamente surra e castiga o lugar.

Com pano de fundo religioso, a história vai revelando a individualidade de cada personagem, desavenças, inveja, medos, e um padre atuando como ponto de apoio entre eles, ou ao menos tentando.

Já os meninos, em meio a passeios e brincadeiras se deparam com situações estranhas acontecendo em um ponto ermo nas proximidades, local conhecido como Coldbarrow, que após a subida da maré se torna inacessível, ou seja, lá estando, não se consegue sair até a baixa da maré. Neste local existe uma casa sombria, há muito abandonada e que atualmente abriga um casal e uma menina adolescente e grávida.

O que acontece em Coldbarrow com os meninos se tornará um fardo a ser carregado por ambos para o resto de suas vidas.
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Impressão de leitura:

Não posso dizer que este livro entrará na minha lista de preferidos. Achei a narrativa arrastada, tudo bem quanto a colocar o tema religião como pano de fundo, mas em certos momentos achei demasiado e até em excesso o assunto.

Gostei da forma como o escritor descreve os locais envolvidos na história, Loney, Moorings, Coldbarrow, para mim foi a melhor parte.

Porém, na minha opinião a trama se desenrola de forma arrastada, o suspense é momentâneo e espaçado demais.

Em muitos momentos tive dificuldade, até em entender onde ele queria chegar.

Caso você não goste desse tipo de leitura, assim como eu, não recomendo.

Um abraço e boas leituras.



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