Missão cumprida.
Resenha do livro " O Vermelho e o Negro" de Stendhal
Me surpreendi com esta obra grandiosa, fantástica e de vasto conteúdo literário e também cultural.
O livro tem muita coisa bacana para acrescentar a qualquer leitor.
A história tem como pano de fundo o período da Restauração na França onde Stendhal faz uma crônica à classe social emergente deste período, ou seja, época das oposições entre Paris e a província, representando suas ambições - nobreza x burguesia, e também entre os jansenistas e os jesuítas.
Além de retratar um período histórico Stendhal vai à fundo no comportamento humano através de seus personagens onde a ambição, o amor, o passado e o ódio são representados e analisados neste romance.
Não posso deixar de comentar também as influências do próprio autor na história como a figura emblemática de Napoleão que está presente na obra através de seu protagonista que faz menção ao seu ídolo em vários trechos da obra, como o que o narrador faz no trecho abaixo:
Para o protagonista seu ídolo é Napoleão Bonaparte, que para ele é o único herói invencível que conseguiu tudo o que quis. Ele pensa que se tivesse nascido àquela época poderia ter sido um general e talvez teria alcançado o poder tão desejado subindo à posições que lhe dariam dinheiro e prestígio. Tanto que, para alguns biógrafos, a ambição de Julien Sorel é como se este protagonizasse um soldado de Napoleão.
Bem, vamos então à história:
Julien Sorel, é o protagonista, filho de camponeses, nascido em Verrières (cidade inventada pelo autor) interior da França.
Rapaz oprimido pelo pai, este marceneiro, e pelos irmãos, decide optar pelo sacerdócio como a única maneira de ascender à alta sociedade. Se dedicou ao estudo do Evangelho e do latim e portanto foi recompensado ao ser contratado como preceptor dos filhos do prefeito da cidade, o Sr. de Rênal.
Desta forma Julien consegue se imiscuir na vida de uma família da alta sociedade. Neste momento conhece a Sra. de Rênal - esposa do prefeito - por quem se apaixona. Porém, com um detalhe, ela se apaixona pela inteligência e ternura dele e ele pela posição social dela. Ambos vivenciam um romance, eu diria, digno de Shakespare, cheio de encontros noturnos, escapadas, roupas do amante espalhadas pelo quarto enquanto o esposo esmurra a porta trancada, e por ai vai.
A Sra. de Rênal é uma esposa dedicada e mãe devota; ele, um rapaz jovem e ambicioso, porém meigo e conquistador, que age de forma ardilosa arquitetando planos com frieza para alcançar seus objetivos. Até que por fim este romance acaba em escândalo e Julien parte para Paris.
Passando pela casa do prefeito, posteriormente para o seminário, onde também Julien demonstra sua habilidade em fazer amizades e ardilosamente se envolve com as pessoas certas, chega ao fim a ser contratado para ser secretário de um nobre, o Marquês de La Mole, em Paris.
Atraído e ao mesmo tempo repelido pela sociedade parisiense, Julien se esforça em vão para se ajustar à nobreza, mas ao fim é sempre tratado como um inferior o que aumenta seu ódio e ganância, fato inclusive demonstrado pela própria Sra. Rênal.
Julien então se "apaixona" pela filha do marquês a quem engravida, o que faz com que o marquês lhe conceda um título de nobreza.
Reviravoltas acontecem e Julien acaba pagando por sua audácia e ambição. A própria Sra. de Rênal envia uma carta ao marquês denunciando Julien como um aproveitador de mulheres interessado apenas em fazer fortuna.
Ao buscar vingança Julien acaba preso e sentenciado à guilhotina, mas antes e a tempo, declara seu amor pela Sra. de Rênal, que ao final perece e morre.
Eu voto na segunda, as cores da paixão e da morte. E você?
Seu julgamento ocorreu em 1827, sendo executado em 1828, com apenas 25 anos de idade.
Desta forma Julien consegue se imiscuir na vida de uma família da alta sociedade. Neste momento conhece a Sra. de Rênal - esposa do prefeito - por quem se apaixona. Porém, com um detalhe, ela se apaixona pela inteligência e ternura dele e ele pela posição social dela. Ambos vivenciam um romance, eu diria, digno de Shakespare, cheio de encontros noturnos, escapadas, roupas do amante espalhadas pelo quarto enquanto o esposo esmurra a porta trancada, e por ai vai.
A Sra. de Rênal é uma esposa dedicada e mãe devota; ele, um rapaz jovem e ambicioso, porém meigo e conquistador, que age de forma ardilosa arquitetando planos com frieza para alcançar seus objetivos. Até que por fim este romance acaba em escândalo e Julien parte para Paris.
Passando pela casa do prefeito, posteriormente para o seminário, onde também Julien demonstra sua habilidade em fazer amizades e ardilosamente se envolve com as pessoas certas, chega ao fim a ser contratado para ser secretário de um nobre, o Marquês de La Mole, em Paris.
Atraído e ao mesmo tempo repelido pela sociedade parisiense, Julien se esforça em vão para se ajustar à nobreza, mas ao fim é sempre tratado como um inferior o que aumenta seu ódio e ganância, fato inclusive demonstrado pela própria Sra. Rênal.
Julien então se "apaixona" pela filha do marquês a quem engravida, o que faz com que o marquês lhe conceda um título de nobreza.
Reviravoltas acontecem e Julien acaba pagando por sua audácia e ambição. A própria Sra. de Rênal envia uma carta ao marquês denunciando Julien como um aproveitador de mulheres interessado apenas em fazer fortuna.
Ao buscar vingança Julien acaba preso e sentenciado à guilhotina, mas antes e a tempo, declara seu amor pela Sra. de Rênal, que ao final perece e morre.
Porque o "Vermelho e o Negro":
Existe uma discussão ai, alguns afirmam que o negro seria a cor da batina do protagonista e o vermelho o sangue em que ao final esta é lavada após a guilhotina; outros associam estas cores à paixão e à morte, presentes no romance; e há ainda os que associam o preto à batina em contraposição ao vermelho, esta a cor da farda militar na época de Napoleão.Eu voto na segunda, as cores da paixão e da morte. E você?
Curiosidade:
Existiu um caso em 1827 o qual inspirou Stendhal a escrever este romance, foi um caso que ocorreu na pequena aldeia chamada Branques, na região de Isère - França. Este caso está relacionado com a execução de Antoine Berthet, filho de pequenos artesãos, que chamou a atenção de um padre por sua inteligência e o ajudou a entrar para um seminário. Por questões de saúde Berthet foi obrigado a sair do seminário, tornando-se posteriormente preceptor dos filhos de uma família chamada Michoud e em seguida amante da Sra. Michoud, a quem foi obrigado a deixar rapidamente. Após uma estadia em um outro seminário, Berthet encontra um novo emprego, também como preceptor, agora em outra família nobre, os Cordon, onde seduz filha do patrão. Por não conseguir encontrar realmente uma posição à altura de sua inteligência, Berthet decide vingar-se, e dá um tiro de pistola na sua antiga amante. Sra. Michoud.Seu julgamento ocorreu em 1827, sendo executado em 1828, com apenas 25 anos de idade.
Desejo que tenham gostado.
Um abraço e boa leitura.
Um abraço e boa leitura.
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