| Foto da capa - Editora Record |
O Guardião Invisível
No original: "El Guardián Invisible"
Autora: Dolores Redondo Meira - 2012
Romance policial espanhol
Tradução: Maria Alzira Brum Lemos
Editora: Record
Assassinatos em série vêm acontecendo nos
arredores de Elizondo, pequeno povoado na Espanha. Meninas na idade da
puberdade aparecem mortas de forma idêntica como se tivessem participado de um
ritual macabro. Seus sapatos são o sinal para a localização dos corpos
colocados com cautela à beira de um caminho ou estrada, propositadamente, para
que fossem encontrados. Os corpos, dispostos criteriosamente, revelam a morte: asfixia
por cordas, cabelos penteados, roupas rasgadas, pelos pubianos raspados e jogados
próximos ao corpo, e o mais bizarro, um doce típico local deixado simbólica e
propositalmente sobre a pélvis dos corpos.
Este é o primeiro livro da trilogia da
escritora espanhola Dolores Redondo que vai acompanhar os trabalhos de
investigação da inspetora Amaia Salazar.
Neste primeiro livro Amaia é obrigada a
voltar a sua terra natal, o pequeno povoado de Elizondo, para investigar esta
série de assassinatos, só que para isto ela terá que enfrentar seus fantasmas
do passado há muito deixados no povoado.
Este romance policial vai narrar um
mistério que não envolve apenas a morte de três adolescentes, mas também a vida
da protagonista, a inspetora Amaia Salazar e sua família, envolta em um passado
cheio de mistério, traumas e sofrimento.
Com pano de fundo a paisagem bucólica e
belíssima da Espanha – tão bem narrada no romance que me deu vontade de pegar o
primeiro avião para lá -, “O Guardião invisível”, romance policial que, além de
uma pitada de misticismo, revela o que está por trás de muitas pessoas que agem
cotidianamente como normais, e que na verdade escondem os mais tenebrosos
sentimentos.
Recomendo, e muito, este livro para quem aprecia
um bom romance policial cercado de mistérios, que me prendeu desde o início e
que tem um final surpreendente. Juro que não desconfiei, somente próximo ao
fim, o desfecho de todo o mistério.
Dolores Redondo narra com maestria a
história que te surpreende em vários momentos. Esta escritora sabe como manter
um suspense. ;)
Trecho extraído da pag.9 – para saborear:
“Ainhoa Elizau foi a segunda vítima do basajaun, embora naquele momento a
imprensa não o chamasse assim. Levou um tempo para vazar a informação de que em
volta dos cadáveres havia pelos de animal, vestígios de couro e rastros
duvidosamente humanos, unidos a uma espécie de cerimônia fúnebre de
purificação. Uma força maligna, telúrica e ancestral parecia ter marcado os
corpos daquelas quase meninas com a roupa rasgada, os pelos pubianos raspados e
as mãos dispostas como uma imagem de Nossa Senhora. ”
Grande abraço e boas leituras.
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